Finalmente comprei meu iPhone. Como no trabalho não podemos acessar quase nada na internet, sequer sites úteis, perdemos, muitas vezes, boas oportunidades que ocorrem fora do trabalho justamente por isso. E por isso mesmo comprei meu iPhone. Estou bastante satisfeito com o bixinho e fiquei ainda mais contente quando soube que o SDK para desenvolver pra ele é gratuito, apesar de só funcionar em computadores da Apple, mas que o ambiente de desenvolvimento para Mac’s são gratuitos também. Resolvi, então, ser um feliz proprietário de um MacBook, afinal, o preço está muito bom principalmente porquê estão saindo os novos Aluminum, que têm pouquÃssima diferença.
Após comprar o iPhone, num dos shoppings da capital, me dirigi à uma megaloja da Saraiva. Encontrei um MacBook 403 (o branco) e como já conhecia tudo sobre, quis comprar já no ato. Perguntei ao atendente se eles aceitavam cheque (porquê a quantia era superior ao limite do meu cartão de crédito, o qual decidi mantê-lo baixo para evitar problemas, pois já tive senha roubada) e ele me disse que não havia problemas. Fui então ao caixa para pagar, enquanto ele preparava o 403 para me entregar após o pagamento. No caixa a atendente me diz que iria demorar um pouco para consultar. Sem problemas, não estava com pressa afinal. Destaquei as folhas e anotei o meu telefone enquanto ela pegava uma das folhas para consultar, retornando logo em seguida dizendo que a loja não vende eletrônicos no cheque. Vontade inicial foi de abrir um chamado no procon, contactar a promotoria e tudo o mais, mas resolvi deixar quieto, afinal, minha cabeça já estava a mil.
No dia seguinte fui à FNAC. Novamente, compra em cheques. 3X. Me indicaram para fazer o cartão FNAC, que me daria 5% de desconto (descontão, considerando o precinho camarada do brinquedo… dessa vez um 404, o preto). Fui fazer o cartão e fiquei lá passando dados para a atendente do financeiro por aproximadamente meia hora: Endereço, Telefone Fixo, Telefone de Contato, Salário (um que me coloca entre 2% da população Brasileira) e… não aprovado. E nem sequer os inúteis souberam me informar o porquê. Ok, volto, vou pagar em cheque sem o cartão FNAC. Negado pela financeira novamente. Novamente sem eles sequer saberem me informar. Mas eles aceitariam cheque à vista. Detalhe que no cheque parcelado em 3X eu receberia o produto no ato, mas cheque à vista eu apenas receberia o produto quando o mesmo compensasse… minimamente ridÃculo, afinal, o banco se responsabiliza pela segurança da loja, pois se o cheque não é pago, o nome do cliente fica sujo até que ele pague à loja e pessoas de um certo status social se preocupam (e muito) com o mesmo.
No final, acabei comprando na FNAC mesmo, no dia seguinte, usando dois cartões de débito diferentes, de dois bancos diferentes, duas contas diferentes, à vista e com um preço maior do que o com o desconto que teria (mas consegui um descontinho muito fraco ainda assim, afinal, se não me engano, agora é lei que à vista e a prazo não podem ter o mesmo preço).
Conclusão: Para me proteger da falta de segurança do modelo digital (cartões) quase não consegui realizar uma compra para a qual eu tenho total condições de pagamento.
Dessa forma o cliente contumaz e confiável acaba por deixar de comprar. A loja deixa de ganhar, a fábrica deixa de vender e funcionários são demitidos. Não é a crise que está atacando o Brasil. O Brasil é quem está inflando a crise, assim o PIG (*) pode culpar o governo Lula.
(*) De acordo com Paulo Henrique Amorim: Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido polÃtico – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
fevereiro 14th, 2009 at 12:33
vc tá com um mac agora!? eu to do outro lado … intelzim com linux e um n95 🙂